0 Os bares morrem numa quarta-feira

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Pés sujos e limpos

Um amigo de Kafka conta que este arquitetava o seguinte: um homem desejando criar uma reunião em que as pessoas aparecessem sem ser convidadas. As pessoas poderiam se ver ou conversar sem se conhecerem. Cada uma faria o que lhe aprouvesse sem chatear o próximo. Ninguém se oporia à entrada ou à saída de ninguém. Não havendo propriamente convidados, não se criariam obrigações especiais para com o anfitrião. E o espinho da solidão doeria mais ou menos. 

0 Aceitamos tickets e vale-refeição

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Mariana Fontes

Conhecido pelo movimento de jovens, principalmente às sextas-feiras, o Boteco 98, localizado à esse número na Rua Voluntários da Pátria em Botafogo, conquistou seu espaço pelo baixo custo das cervejas em casco e dos petiscos, que seduzem a rapaziada que trabalha nas redondezas.

0 O pavão é azul e o bolinho incrível

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Gustavo Afonso 

Quem nunca saboreou um delicioso bolinho de bacalhau em um bar? Combina e muito com uma cervejinha, não? Mas você já ouviu falar em Patanisca? Já experimentou com azeite por cima e uma “loira” bem gelada? 

Não estou falando de bolinho de bacalhau e sim de um petisco genérico, se é que podemos nomear assim, pois no sabor não deve nada ao famoso pitéu. 

Caso pergunte no local sobre a comida, receberá a simples resposta: é um bolinho de bacalhau sem batata. Simples, mas com paladar refinado.

1 Nada de cachorros, o beco é do rato.

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 Marcio Santos

O bar recebeu este nome, por conta de um beco ao lado do depósito de bebidas (Anterior ao bar) que as pessoas jogavam entulhos e o local acabava virando criadouro de ratos. Com a criação do boteco, este beco foi limpo e readaptado para colocar mesas e cadeiras e receber seus clientes. O boteco Beco do Rato quando começou, suas geladeiras eram caixas de isopor, segundo nos conta dona Lenira, Esposa e proprietária do bar junto ao seu marido Marcio. Ela conta que o Beco serviu e ainda serve de inspiração para muitos compositores criarem suas letras.

0 Para todos os gostos

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 Deivison Castro

Fundado em dezembro de 1959, o Bar do Zeca, que completará 53 anos, é ainda o mais freqüentado e comentado em Duque de Caxias. Situado a Rua Passo da Pátria, 227, esquina com Profº José de Souza Herdy , no bairro 25 de Agosto, não há quem more neste município e não tenha ouvido falar deste memorável pé “sujo.”

0 Vida a Cachambi

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 Pedro Neto

Marcelo Novaes, 43 anos, nascido e criado no Cachambi é casado e tem uma filha de 16 anos chamada Mariana (que gosta quando seu pai fala sobre ela nas matérias), diz que nunca se mudou ou mudará do bairro.

O Cachambeer existe há dez anos e tudo começou numa brincadeira. Marcelo e alguns amigos frequentavam o bar, que na época, era do Seu Manuel, um português que vivia reclamando que eles sempre queriam ficar bebendo até tarde. Cansado de sempre ser “expulso” pelo antigo dono e depois de umas geladas resolveu fazer uma proposta, já que o português vivia dizendo que queria se aposentar para poder pescar em paz, Seu Manuel aceitou e na hora de entregar ainda disse: “esta pica agora é tua”, fechando assim o negócio.

0 Subindo a ladeira

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 Marcela Canéro e Evelyn Sampaio

Circuito Santa Teresa.

Tradicional bairro frequentado pela boemia carioca, Santa Teresa conta atualmente com cerca de vinte bares e restaurantes, espalhados pelo charmoso bairro que divide elegantemente o centro do Rio de Janeiro e a Zona Sul.

0 Tem rei novo na Lapa

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 Alessandro Lo-Bianco

Lapa está com um novo ponto de boêmia, o Barzinho, bar do chef e empresário Fabio Battistella e do ator e DJ Rodrigo Penna. A casa fica na Rua do Lavradio 170.

Paulistano, Fabio confessa que nunca foi muito de frequentar a Lapa. No máximo o Circo Voador. Para montar seu mais novo empreendimento — que, somado aos bares Meza e Doiz e ao albergue Oztel, já são quatro —, Fabio fez uma pesquisa profunda nos restaurantes da região. Descobriu que tudo leva muito catupiry. E provolone é o que há.

— Não sei se eu encontro um lugar na área para comer um risotinho. Ou tomar um dry martíni — diz. — Mas nós viemos para somar, não para competir.

0 Competição de Bartenders anima hotel carioca

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 Alessandro Lo-Bianco

Ao longo da semana, 60 bartenders passaram as tardes trancafiados num dos salões do Hotel Marina encarando a primeira de três baterias do Campeonato Brasileiro de Coqueteleria, anualmente organizado pela francesa Grey Goose, marca de vodca à base de uva. Foi um verdadeiro festival de efeitos especiais que, a exemplo da tal cozinha molecular, só é possível graças a engenhocas de última geração que fazem borbulhas, espumas e, mais do que tudo, marolas.

0 Investir na diversão dá certo

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 Alessandro Lo-Bianco

Circuito Niterói e seus investidores.

Eles poderiam estar aproveitando a noite, mas resolveram investir nela. Em troca, responsabilidade e maturidade chegaram mais cedo e fizeram deles empresários respeitados na cidade. Bruno Zambrotti, dono do restaurante Bendito; Peterson Medeiros, à frente do Bar do Meio; e os irmãos Leonardo e Vinícius Souza, que abriram dois bares junto com o amigo Mario Vilanova, o Bolicho e o Meu Boteco, compartilham a mesma opinião: para a noite funcionar, muito trabalho deve ser feito durante o dia.

1 No Zi-Cartola tantas estórias...

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 Sílvia Kreisler e Fernanda Martins

Cartola e Zica abrem o Zicartola, em 1963, um bar que era freqüentado por jornalistas, intelectuais e músicos, entre eles Tom Jobim, Pixinguinha, Dorival Caymmi, e outros. No Zicartola também frequentavam novos artistas, querendo aprender um pouco mais de samba. Foi no Zicartola que Paulo César de Faria, se torna Paulinho da Viola. O primeiro cachê de Paulinho da Viola, foi dado por Cartola, que no momento disse algo do tipo “ Olha menino um dinheiro pelo seu trabalho, muito bom, parabéns!”.

0 Cardápio variado

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 Camila Pereira

A “Adega Pérola” foi inaugurada por portugueses da Ilha da Madeira, nos anos 50. Um estabelecimento de lusitanos com um quê da Espanha, uma adega mais conhecida pelos 100 tira-gostos do cardápio, a decoração simples com mesas e cadeiras de madeira em um ambiente com wi-fi, clientela formada por estrangeiros, grupos de amigos, casais, famílias e frequentadores fiéis. Tantos contrastes aumentam seu charme de restaurante pé-limpo com bar pé-sujo.

0 O verdadeiro mochilão dos bares

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Carolina Teixeira Cali e Marcia Mai Takaki

A história deste post começa com um mochilão pela Europa feita por dois melhores amigos de infância, Marcelo Braga e Rafael Carvalho. Os dois estavam em Amsterdam, não sabiam direito para onde ir à noite e resolveram participar de um circuito de bares, muito famoso na Europa. Surgia então a ideia para um revolucionário empreendimento que mudaria a vida dos dois jovens.

1 O bar e eu

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Gustavo Afonso 

Uma entrevista com Betinho.

O conhecimento e as histórias dos bares da noite carioca da década de 70 estão presentes na vida do cantor e ator Betinho. Artista de grande sucesso nos anos dourados do Rio, o músico gravou diversos temas famosos para novelas. Participou da primeira versão de "O Astro" e atuou em programas de humor, com Chico Anysio. A entrevista irá focar a música "Você tem tempo?", de Chico Anysio e Arnaud Rodrigues, interpretada por Betinho. 

Em uma 'conversa de bar', Betinho, que foi sucesso nas rádios brasileiras na década de 70, foca os pés sujos e limpos daquele período, e ressalta, com um sentimento especial, o extinto Bar Zeppelin, em Ipanema.

0 O discreto indiscreto

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Nicolas Raline

Localizado um pouco distante do burburinho dos arcos, o Bar das Quengas é um lugar 'discreto' e alternativo, ideal para quem está à procura de uma boa comida e cervejas diferentes. Famoso pelos seus petiscos na brasa – com destaque para o galeto –, o bar também é conhecido pela venda das cervejas uruguaias Patrícia e Nortenã e a argentina Quilmes. Mas seu verdadeiro charme está em sua indiscreta decoração de lingeries penduradas pelos salões e nas janelas, que nos remete à uma curiosa e imprecisa história.

0 Bares da gente

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Nicolas Raline

Poesia e bar são parentes, talvez, quem sabe, amantes... Por isso, nada melhor do que uma descrição com a mais bela poesia do que é a vida de bar, seja ele sujo ou limpo.

1 O lado hardcore de um nordestino

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 Larissa Tedesco

No dicionário, as palavras grosso e antipático normalmente não são associadas a significados muito agradáveis. Entretanto, há um lugar onde todos os conceitos se mesclam e se tornam positivos: o bar Heavy Duty. O empreendimento é de autoria de Zeca Urubu, dono do estabelecimento com o melhor "pior atendimento da cidade", já que o proprietário não se preocupa em receber bem os clientes. O verdadeiro destaque da casa é mesmo sua sinceridade e irreverência no atendimento e na receptividade.

0 Hospital e muita pimenta

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Sílvia Kreisler e Fernanda Martins

Com um um estilo completamente diferente do nosso querido pé sujo (citado no post anterior), Embalo Bar, O Venga, recebe clientes à procura de um local mais moderno, com um cardápio diferenciado e requintado. Confira abaixo uma crônica alimentícia sobre pés limpos, comidas deliciosas, um pouco de enjoo e um final feliz, com a barriga cheia!

0 Descontração e pratos feitos

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 Sílvia Kreisler e Fernanda Martins

O Embalo Bar, também conhecido como Bar do Ivan, é um famoso boteco, daqueles que se bebe cerveja em pé, com mesinhas na calçada, sem muita preocupação com toalhas de mesa, e decoração. Quem frequenta, vai em busca de um lugar descontraído e sem muitas pretensões. 

0 Um brinde, e seja bem vindo!

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Pés sujos e limpos

Não podemos negar, a história do Rio de Janeiro se confunde com a história dos bares da Cidade Maravilhosa. E se você é carioca, parabéns! Essa história também faz parte da sua vida. Se você não é, ninguém é perfeito, correto, caro amigo?

O "Pés Sujos e Limpos" surge para ser a sua mais nova e original opção de blog nesta estratosfera que é a internet. Aqui você irá conhecer as mais interessantes, engraçadas, curiosas e emocionantes histórias de bar e dos bares do Rio de Janeiro. Não se engane, não estamos aqui para fazer um guia. Pelo contrário, estamos aqui para inspirar e demonstrar que os bares desta cidade foram parte importante no surgimento e na formação do carioca. Para isso, iremos à fundo no histórico de mais de 100 (isso mesmo!), bares do Rio.

Você irá ficar sabendo talvez, que sentou na mesma cadeira que Nelson Rodrigues, que bebeu da mesma cerveja que Mussum, ou até que compartilhou da mesma música que Chico Buarque. E não se assuste se perceber que por um momento se viu dentro das maravilhosas histórias que compartilharemos com vocês. Então, um brinde à você caro amigo. E não se esqueça, aqui, a saideira é infinita, e sempre tem um chorinho esperando por seu copo quase vazio, aproveite!